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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cientistas descobrem como células de câncer se espalham

Pesquisadores europeus descobriram como as células do câncer geram contrações parecidas com as produzidas pelas células musculares para se espalhar pelo corpo.

Uma proteína chamada JAK desencadeia contrações nos tumores que permitem que as células cancerosas se espremam por pequenos espaços e se espalhem.

A pesquisa, publicada na revista Cancer Cell, foi feita por cientistas do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer (ICR), de Londres, e da Universidade de Nice, na França.

Metástase

Quando a proteína JAK é "ligada", ela produz contrações nas células, semelhantes às dos músculos, gerando a força que as células cancerosas precisam para se mover.

A descoberta levanta a possibilidade de que drogas que alvejem a JAK possam impedir a disseminação de tumores, chamado metástase, que é responsável por 90 por cento das mortes relacionadas ao câncer.

Os tumores são formados por células cancerosas, células saudáveis associadas ao tumor e estruturas de suporte, que se juntam na chamada matriz extracelular.

As células cancerígenas se espalham movendo-se para fora do tumor, através desta matriz, atingindo novos locais.

Usando os cotovelos

Em alguns tipos de câncer, as células cancerosas usam a força para "acotovelar" suas vizinhas e abrir caminho através da matriz.

Em outros tipos de tumores, as células saudáveis associadas ao tumor usam a força para criar túneis, pelos quais as células cancerosas podem escapar.

Os cientistas mostraram que tanto a força gerada pelas células de câncer, quanto pelas células normais associadas ao tumor, usam os mesmos processos, baseados na proteína JAK.

Já existem drogas em desenvolvimento para inibir a proteína JAK, mas ainda em estágio de pesquisa.
Diário da Saúde

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Americana que pesa 330 kg faz dieta para engordar e chegar aos 730 kg


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A norte-americana Susanne Eman pesa 330 kg e está fazendo uma dieta para chegar aos 730 kg e se tornar a mulher mais gorda do mundo. Para atingir seu objetivo, Susanne, 32 anos, ingere mais de 20 mil calorias por dia. A informação foi publicada nessa quarta-feira (17) no jornal britânico Daily Mail.

Susanne quer chegar aos 360 kg até o fim deste ano. Ela conta com a ajuda de seus filhos Gabriel, 16, e Brendin, 12, para fazer compras no supermercado. Todo mês, sobre uma cadeira motorizada, ela passa mais de oito horas enchendo carrinhos de comida. Ela diz se sentir mais sexy e confiante desde então.
Apesar das críticas de seu médico, ela acredita ser possível ganhar centenas de quilos e manter-se saudável.
Jornal do Commercio

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Hands-on: Ferro elétrico sem fio 360° Freestyle Panasonic


Os japoneses da Panasonic mostram que sempre tem jeito de melhorar alguma coisa, mesmo que seja um simples ferro de passar roupa. É o caso do 360° Freestyle.

Mais conhecida por aqui pelos seus eletrônicos de consumo, TVs e microondas, desde o ano passado a Panasonic do Brasil iniciou um processo de ampliar sua linha de eletrodomésticos, trazendo para cá produtos de maior porte como  refrigeradores, lavadoras, condicionadores de ar e um produto bem menor, mas nem por isso ele deixa de ser cheio de tecnologia: um  ferro de passar roupa, o modelo NI-WL500 360° Freestyle (preço sugerido: R$ 259).
Para quem não sabe, a Panasonic tem uma longa tradição em ferros de passar. De fato, o seu primeiro eletrodoméstico foi o National “Super Iron”, lançado em 1927. Antes disso, ela só tinha fabricado adaptadores elétricos e lanternas, sendo que só em 1931 ela colocou no mercado o seu primeiro rádio. 


O 360° Freestyle tem uma história interessante, já que o objetivo da Panasonic era de desenvolver um novo ferro elétrico capaz de passar roupa de maneira mais fácil, rápida e menos cansativa. Esse projeto envolveu o esforço de quinze profissionais e o resultado foi um novo desenho da base que abandonou o tradicional formato de cunha em favor de um formato simétrico com duas pontas — uma na frente e outra na parte de trás.


Daí, duas novas linhas de produtos surgiram:


360 Quick Iron NI-W550, um modelo com fio e base em cerâmica, mais voltado para o mercado externo e o NI-WL600,  um modelo sem fio menor e com base em aço (mais ao gosto do consumidor japonês) e que foi a inspiração do nosso NI-WL500.

Segundo a Panasonic, uma das grandes sacadas do 360° Freestyle é que, com esse novo formato da base, ele se movimenta mais facilmente tanto para frente quanto para trás (tente fazer isso com um modelo convencional). E o fato dele não estar ligado a um fio permite que ele possa realizar diversas manobras “radicais” sobre o tecido, como dar um cavalo de pau ou mesmo um giro completo de 360° (daí o nome do produto — duh!).


Além disso, como ele é um pouco menor e mais leve que um modelo convencional, cansa menos o braço da pessoa que estiver pilotando o ferro. Segundo a Panasonic, a economia no tempo gasto para passar uma camisa social com 360° pode ser de até 25%.

De fato, muitas dessas características podem ser melhor entendidas por meio desses vídeos promocionais postados pela Panasonic no Youtube:
Mário Nagano



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Implante de aparelho auditivo entra na cobertura de planos de saúde


O "implante coclear" foi incluído entre os procedimentos cobertos pelos planos de saúde, conforme resolução publicada no Diário Oficial da União. A cirurgia consiste na colocação de um aparelho auditivo que substitui as próteses tradicionais para pessoas com diagnóstico de surdez total ou quase total.
A resolução é da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que inclui o implante no "Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde", lista que determina a cobertura assistencial mínima dos planos privados de assistência à saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999.
De acordo com o Grupo de Implante Coclear do Hospital das Clínicas e da FMUSP, o aparelho de alta complexidade tecnológica, popularmente conhecido como "ouvido biônico", é composto de duas partes: uma interna e outra externa.
"O implante é que estimula diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o cérebro. É um aparelho muito sofisticado que foi uma das maiores conquistas da engenharia ligada à medicina. Já existe há alguns anos e hoje mais de 100.000 pessoas no mundo já o estão usando", informa o site do grupo.
Segundo a fonoaudióloga Maria Cecília Bevilacqua, professora titular em audiologia da Universidade de São Paulo e que trabalha com o implante coclear nas redes privada e pública de saúde, a resolução publicada pelo governo é um avanço tecnológico importante para os deficientes auditivos.
"O implante é recomendado para quem teve perdas severas ou profundas na audição, ou seja, é para quem não consegue entender o que outra pessoa fala ao telefone, por exemplo. O Sistema Único de Saúde (SUS) financiou no ano passado 680 cirurgias, um número baixo. Agora com os convênios realizando este procedimento, o alcance será maior", disse.
De acordo com a especialista, aproximadamente 300 mil pessoas no Brasil sofrem com problemas graves de audição e necessitariam receber um "ouvido biônico", denominado desta forma por ter sido o primeiro órgão humano a ser recriado tecnologicamente. O custo da cirurgia e do aparelho é de aproximadamente R$ 100 mil.
G1

Novo sistema da PM quer reduzir tempo para atendimento

          Está em teste um novo sistema de alarme da Polícia Militar, também chamado de “botão do pânico”, que visa reduzir o tempo de atendimento de ocorrências.

          Trata-se de um pequeno aparelho que, quando acionado, abre automaticamente uma tela no computador existente no posto policial mais próximo, contendo as informações necessárias para o atendimento dos policiais militares responsáveis pela área em questão.

          O tempo de atendimento deverá ser reduzido, pois não há intermediários na comunicação. O botão é acionado no comércio e o policial recebe as informações de forma simultânea e pode atender com maior precisão e menor tempo.

          O acionamento deverá ser feito apenas em caso de emergência, em que as pessoas e o estabelecimento estejam realmente em perigo, para que o foco do policiamento não seja desviado e os policiais não deixem de atender as pessoas em situação de perigo.

          O projeto é piloto em Brasília, sendo uma iniciativa do 3º Batalhão de Polícia Militar juntamente com a empresa MEG – distribuidora e importação.

          Inicialmente, o sistema será destinado a postos de combustíveis e casas lotéricas da Asa Norte, podendo, futuramente, alcançar as demais áreas comerciais.

          Os comerciantes que se interessarem pelo sistema, deverão fazer sua inscrição comparecendo à subseção de comunicação social do 3º Batalhão.

          Veja a reportagem completa no link da Record: 







segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Redes sociais: você tem amigos ou conhecidos?


A chegada super celebrada da rede social Google+ abriu um debate sobre a diferença entre amigos e conhecidos. Qual é exatamente essa diferença?
"Se um homem não faz novos contatos à medida que avança pela vida, rapidamente se verá sozinho", disse Samuel Johnson, escritor inglês do século 18. "Um homem deve cultivar constantemente suas amizades".
Um estudo recente mostrou que ter amigos aumenta expectativa de vida em 50%.

O comentário ganha novo significado na era das redes sociais, quando é comum que pessoas tenham centenas de "amigos". Mas estes não são amigos no sentido convencional.

Círculos de relacionamentos
A principal novidade do Google+ é que o site exige que os usuários arrumem seus contatos em categorias diferentes, ou "círculos". O novo usuário tem a opção de ter amigos, família ou conhecidos, e é encorajado a criar novos círculos sob títulos que ele próprio escolhe.

Aficcionados pelo Facebook diriam que é possível criar grupos no Facebook, mas alguns acham que essa opção é um pouco complicada. O Google+ parece guiar o usuário por este caminho, para que ele possa enviar mensagens a contatos específicos.
"Entendo a lógica da divisão do Google. Amigos e família são grupos bastante isolados um do outro, com os quais você se relaciona de formas diferentes", diz o professor Robin Dunbar, autor de "De quantos amigos uma pessoa precisa?".

Ele argumenta que acima de 150 pessoas - grupo feito de "íntimos", familiares e amigos - o que as pessoas realmente têm são "conhecidos que cumprimentamos com um aceno de cabeça".

Amigos, pero no mucho
O escândalo de escuta ilegal na Grã-Bretanha, com sua rede de jornalistas, magnatas da mídia, políticos e policiais, chamou atenção para a natureza das redes de contatos.

John Yates, que pediu demissão esta semana do cargo de vice-comissário da Scotland Yard, referiu-se ao ex-executivo do tabloide News of the World, Neil Wallis, como "amigo", mas não "um amigo do peito". David Cameron, por sua vez, não teve problemas em chamar seu ex-assessor de mídia Andy Coulson de "amigo". Mas alguns acham que ele precisa explicar o que isso significa.

Jeff Jarvis, que escreve o blog BuzzMachine, diz que a distinção entre conhecidos e amigos não faz diferença online. "Conhecidos é só um rótulo. Eu não uso".

Os círculos no Google+ são nada mais do que mailing lists modernas, diz ele. Ele organiza seus contatos no Google+ em círculos com títulos como "Alemanha", "Mundo" ou "Celebridade".

Ele afirma que se trata de relevância, mais do que privacidade ou intimidade.
"A idéia de que você pode usar esses sites como cofres para seus pensamentos privados é absurda. Se você tem um segredo, deixe o guardado na sua cabeça".

Objetivos das redes sociais
As diferentes redes sociais se sobrepõem, mas priorizam coisas diferentes. Na verdade, o Facebook já permite que os usuários agrupem seus contatos, apenas é "um saco" fazê-lo, diz Jarvis.

O Facebook é para manter relações, o Twitter para divulgação, o Tumblr para citações e o Google+ para compartilhamento, diz ele.

A colunista do jornal Times, Caitlin Moran, é uma das primeiras usuárias do Google+. Ela nunca foi fã do Facebook - "muito lento" - e apesar de ter sido uma entusiasta do Twitter, diz que a ferramenta se tornou muito vulgar.

"O Twitter é como um pub cheio de pessoas gritando. O Google+ é mais como sentar na sala de fumantes com amigos".

Moran usou a capacidade de ter círculos distintos oferecida pelo Google+ para manter uma distinção muito clara. Após importar os contatos de suas redes sociais pré-existentes, ela estabeleceu dois círculos. "Um é para pessoas com quem eu tolero conversar. A outra é para todas as outras que posso jogar no mesmo poço".

O que é um amigo
Mas na era do Facebook, é fácil se confundir sobre amizades, diz Gladeana McMahon, ex-comentarista do programa de TV GMTV. "Um amigo é alguém com quem se tem uma relação frequente, hoje ou no passado. Você mantém contato e se envolve na vida deles".
 
Um conhecido, por sua vez, é alguém que você conheceu mas com quem não teve a chance de desenvolver uma amizade. Pode se tornar uma amizade. Mas quase sempre não irá além de um rápido olá.
Mas redes sociais jamais serão capazes de entender a multiplicidade das relações humanas, adverte ela. "Uma coisa que nunca se encaixará é o ser humano".

Jarvis diz que Mark Zuckerberg entendeu essa questão. O criador do Facebook acredita que todas as pessoas têm uma identidade autêntica, em vez de várias personas diferentes. Em entrevistas para o futuro livro de Jarvis, Zuckerberg disse que estava cada vez mais difícil para as pessoas manter identidades separadas.

Essencialmente, nossas personas do trabalho, de casa, sociais e familiares são apenas uma. Se você encontrar com seu advogado no supermercado no fim de semana, ele provavelmente estará usando shorts e estará com seu filho. Ele é uma pessoa completa, não apenas a pessoa que você conhece do trabalho, diz Jarvis.

Amigos e contextos
Dunbar, professor de antropologia evolutiva da universidade de Oxford, diz que isso pode funcionar enquanto você está na universidade. Mas depois dos 20, não é mais possível manter esta dinâmica. Não apenas vemos as pessoas em contexto diferentes - como trabalhou ou lazer - mas também temos amigos espalhados pelo mundo, que não necessariamente se misturam ou interagem.

E há ainda a forma com que nos comunicamos online. Atualização de status no Facebook quase sempre são banais, diz ele. "Você escreve 'Comi cereais no café da manhã', algo com que seu melhor amigo pode se importar, mas muitos dos outros, não".

Isso acontece porque as pessoas não mudam a maneira com que conversam online. Pesquisas mostram que as pessoas se comportam como se estivessem se dirigindo a um máximo de três pessoas, apesar de seus posts poderem chegar a centenas.

E amizades de redes sociais requerem um enorme esforço se forem ser mantidas. Se não, elas fenecerão em uma questão de meses, uma vez que a proximidade emocional for perdida, diz Dunbar. Quando se trata de usar tecnologia com nossos amigos mais próximos, são mensagens de celular, e não sites, que contam, diz ele.

Pesquisas realizadas por um de seus estudantes de pós-doutorado com 30 estudantes em Sheffield mostrarm que 85% dos SMSs que enviavam ia para uma ou duas pessoas - quase sempre namorado ou namorada ou para o melhor amigo. Isso mostra que há coisas que queremos dividir apenas com as pessoas mais queridas e próximas, diz ele.

Mas como nos lembra Oscar Wilde, amizade misturada com a natureza humana é uma questão delicada. "Qualquer um pode ter empatia com o sofrimento de um amigo, mas é preciso uma natureza muito especial para ter empatia com o sucesso de um amigo". Ou, talvez, com o que ele comeu no café da manhã.
Tom de Castella - BBC