Páginas

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Consórcio aeronáutico europeu apresenta o VoltAir - primeiro avião elétrico do mundo

capa.jpg

O projeto, batizado de VoltAir e apresentado durante a feira Paris Airshow 2011, prevê que as baterias que utilizem essa tecnologia alimentem os motores elétricos supracondutores das novas aeronaves.

O Voltair será equipado com dois motores elétricos supercondutores que permitem uma perda da corrente elétrica praticamente nula. Os equipamentos serão alojados na traseira do avião, onde acionam os propulsores. Já as duas baterias de íons de lítio ficarão situadas na parte dianteira do aparelho, o que ajuda a equilibrá-lo.

As baterias VoltAir se integrariam em unidades substituíveis instaladas na fuselagem para facilitar a troca nos aeroportos, mediante um processo similar à carga e descarga dos contêineres de bagagem.

O Voltair também se destaca pelo design, que maximiza o espaço interior enquanto torna o aparelho aerodinâmico através da otimização da relação espessura-comprimento da fuselagem – feita de fibra de carbono compósito.

Evolução tecnológica

De acordo com a EADS, a capacidade do sistema de reserva de energia elétrica registrou “avanços espetaculares” na última década, estimulado especialmente pelos investimentos no setor automobilístico. Ainda assim, os resultados atuais dessas tecnologias são ainda inferiores ao seu potencial.

Ainda segundo a EADS, os motores elétricos tradicionais são “geralmente” muito bons, com aproximadamente 98% de eficácia propulsora, mas não fornecem a densidade de potência necessária para missões aéreas de grande envergadura.

Por isso, a EADS defende que a descoberta de supracondutores de alta temperatura apresenta a solução para esse problema e beneficia não apenas o meio ambiente, mas também os passageiros, que, segundo o fabricante, “apreciarão o volume extremamente baixo do som do motor”.

Os novos materiais com “propriedades promissoras” já estão sendo testados para serem integrados nessas baterias de última geração que, para os cientistas, podem conseguir uma densidade energética superior aos 1.000 Wh/kg.
EcoD





terça-feira, 21 de junho de 2011

Saiba as orientações para doar sangue no Brasil


O ato de doar sangue, celebrado no dia 14 de junho pelo Dia Mundial da Doação de Sangue, é simples, não afeta a saúde e é destacado pelo Ministério da Saúde como fundamental para pacientes que precisem passar por transfusão. Abaixo, listamos algumas orientações para os interessados.
Para doar sangue, a pessoa precisa ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos e estar com boa saúde. Para mulheres, não é possível doar durante a gravidez e até três meses depois do último parto ou aborto.
O doador não pode ter qualquer tipo de hepatite ou sífilis, não pode ser epilético e não pode ter contraído malária ou estado em região com a doença nos últimos seis meses. Caso tenha tomado vacina contra rubéola, o interessado não poderá doar sangue durante duas semanas. O período é de um mês para pessoas que tenham recebido as vacinas contra o sarampo ou a BGC (contra a tuberculose).
Para fazer a coleta, o doador não pode ter tomado bebida alcoólica nas 24 horas anteriores e precisa ter dormido pelo menos seis horas. Usuários de drogas também não doar sangue, segundo o Ministério da Saúde.
Doenças sexualmente transmissíveis como Aids, hepatite, sífilis são detectadas em exames antes da doação. Doença de Chagas e informações sobre o tipo de sangue como fator Rh, grupo sanguíneo e formas raras de hemoglobina (anemias) também são descobertas por triagem.
Minutos antes da doação, um profissional de saúde mede a pressão arterial do doador e avalia se a pessoa está apta a coletar sangue. O procedimento dura até 10 minutos e é feito com agulhas descartáveis - que eliminam a chance de contrair vírus como o da Aids ou de doenças infecciosas. São retirados, no máximo, 450 ml de sangue. O corpo inteiro possui 5 litros.
O Ministério da Saúde disponibiliza uma lista de hemocentros no Brasil.
Prontuário de Notícias

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Brasilienses acompanham eclipse lunar na Praça dos Três Poderes


Brasilienses acompanham eclipse lunar na Praça dos Três Poderes Cenário de manifestações políticas, a Praça dos Três Poderes foi, hoje (15), palco de um evento inusitado, depois que foi ocupada por telescópios. A atração era o eclipse da Lua, que pôde ser observado em Brasília entre as 17h42 e as 19h02. Centenas de brasilienses passaram pelo ponto turístico para observar, de perto, a lua encoberta pela sombra da Terra.

Em volta dos telescópios, havia filas para observar o fenômeno, que só será visto no Brasil novamente em 2012 e apenas no fim da madrugada. A estudante Beatriz Moraes de Souza, de 10 anos, era uma das observadoras e disse que a experiência vai servir para ilustrar o que tem aprendido nos livros de ciências.
“Consegui ver a Lua, todas as características. Já tinha visto uma vez, mas essa foi a vez que eu vi mais detalhada, achei muito bonita. É bom para entender como acontece a rotação, esses fenômenos, é bem legal”.

O evento foi organizado pelo Clube de Astronomia de Brasília, que, mesmo sem eclipse, de vez em quando, leva os telescópios à praça para estimular o interesse pela astronomia. De acordo com um dos diretores do clube, Marcelo Domingues, o céu de Brasília, já homenageado em prosa e verso, facilita a observação dos astros. “Brasília tem poucos prédios muitos altos, o que garante um horizonte razoavelmente aberto. A poluição não é grande e, durante pelo menos seis meses, temos janela de observação grande, sem nuvens”, explicou.

Criado em 1986, na ocasião da passagem do Cometa Halley, o Clube de Astronomia reúne astrônomos, físicos e professores, mas também recebe amadores, como o servidor público Maurício Souza, observador do céu nas horas vagas. Interessado por astronomia desde criança, Souza levou seu telescópio hoje até a Praça dos Três Poderes e, orgulhoso, compartilhava o equipamento com o público curioso para ver o eclipse.

“Me fascino muito quando vejo as estrelas, o céu. E quando posso transmitir isso para alguém é ótimo. Porque é muito diferente ver em livros e poder assistir ao vivo, de um telescópio”, comparou.
Agência Brasil

Vacinação contra a poliomielite será nos dias 18 de junho e 13 de agosto

A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite será realizada nos dias 18 de junho e 13 de agosto, segundo anunciou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo Padilha, a meta é vacinar 95% das 13,44 milhões de crianças entre 0 e 5 anos, durante as datas em que serão aplicadas as duas doses da imunização.

Neste ano, crianças que ainda não tomaram a segunda dose da vacinação contra a gripe influenza também poderão ser imunizadas durante a campanha contra a poliomielite. Segundo o ministério, serão investidos R$ 42 milhões na campanha, sendo que R$ 22 milhões foram aplicados somente na compra das vacinas. Nos dias de mobilização haverá 115 mil postos abertos das 8h às 17h.

"Só nestas datas são abertos 115 mil postos de vacinação no Brasil. É quase cinco vezes mais do que o habitual. Aquelas crianças que se vacinaram para Influenza e precisam da segunda dose, por exemplo, a receberão no mesmo dia ou poderão agendar", lembrou o ministro.

A coordenadora nacional de programas de imunização, Carla Domingues, lembra que quem perder a data da campanha poderá receber uma das duas doses nos postos de saúde em outros dias.

"A vacina contra a poliomielite é oferecida normalmente nos postos. Se a mãe não puder levar nesse dia, na semana seguinte a família deve levar a criança para ser vacinada. O importante é garantir que todas as crianças sejam vacinadas no mesmo período", disse a coordenadora nacional de programas de imunização.

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave, causada e transmitida por um vírus (o poliovírus). A contaminação se dá principalmente por via oral e, na maioria das vezes, não é letal. Em geral, o doente adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite.

No entanto, segundo a pasta, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a vacinação. A doença ainda é comum em alguns países africanos e asiáticos.

Os dias de mobilização para vacinação contra poliomielite também serão aproveitados para imunização contra o sarampo em alguns estados. No dia 18 de junho, a vacinação ocorrerá em São Paulo, Rio de janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco e Alagoas. A escolha foi feita pelo ministério levando em consideração os estados com maior população, mais turistas ou menor cobertura de vacinação contra a doença.

Os outros estados terão a vacinação no dia 13 de agosto. A expectativa do ministério é vacinar 17 milhões de crianças entre um e sete anos contra o sarampo. "Para maiores de sete anos, até 39 anos, que vão viajar para Europa, onde houve um surto, nossa recomendação é que reforce a vacinação contra o sarampo, mas fora dos dias de mobilização", afirmou o ministro.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fernando Pessoa

“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”
(Álvaro de Campos)

“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale à pena ter nascido.”
 Fernando Pessoa, 1888-1935

Homenagem do Jornal Portobello no aniversário do grande poeta português.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Médicos responsáveis pelo 1º transplante de células-tronco do Brasil falam sobre a operação

A equipe responsável pelo primeiro transplante de células-tronco no Brasil concedeu uma coletiva de imprensa. A entrevista foi realizada no auditório Galicia, dentro do hospital Espanhol. 

Responderam as questões da imprensa, o Dr. Ricardo Ribeiro - coordenador do projeto, o Dr. Marcus Vinícius Mendonça - responsável pelo transplante, a fisioterapeuta Carla Bahia e a pesquisadora da FioCruz, Milena Soares. 
Segundo eles, a cirurgia é resultado de uma pesquisa realizada em animais, que teve a duração de cinco anos.

O primeiro humano a receber o transplante de células-tronco é um PM de 47 anos. O paciente, que não quis ser identificado, sofreu um acidente de carro no ano de 2003. Como consequência, perdeu os movimentos da cintura para baixo. O homem, que passou os últimos nove anos em uma cadeira de rodas, já consegue realizar pequenos movimentos após a cirurgia.

A operação foi realizada a pouco mais de um mês, no Hospital Espanhol, em Salvador. Os médicos retiraram células-tronco da bacia do paciente através de um processo de aspiração. Estimularam a reprodução das células em laboratório e reimplantaram no local lesionado.

Os resultados puderam ser observados logo no início do tratamento. "Basicamente em uma semana ele já começou a ter resultados clínicos, uma melhora na sensibilidade, uma melhora na postura sentada e este paciente vem evoluindo bem", informou o Dr. Marcus Vinícius.
A equipe médica pretende realizar o procedimento em, pelo menos, quinze pessoas até o final deste ano. Para o Dr. Marcus Vinícius, ainda é cedo para afirmar se os pacientes voltarão a andar normalmente.

A pesquisa com células-tronco é financiada pelo Ministério as Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz, pelo Hospital Espanhol e pelo Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael (CBTC).


Fonte : Fiocruz

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cientistas preveem tratamento eficaz para o Alzheimer em 5 anos



Dentro de uns cinco anos haverá um tratamento eficaz para o mal de Alzheimer, que devolveria as faculdades mentais às pessoas acometidas pela doença, que atinge um terço dos maiores de 85 anos no mundo, afirmaram cientistas.


"Penso que estamos quase prontos para fazê-lo (ter um tratamento eficaz), acho que em cinco ou seis anos" existirá, disse à AFP o cientista japonês Kiminobu Sugaya, que participou no Panamá de uma "Conferência Internacional sobre Novas Descobertas do Cérebro".

Os cientistas correm contra o tempo para encontrar um tratamento para esta doença neurológica que leva à perda progressiva da memória e da linguagem, e para a qual não há cura por enquanto.

Há estudos muito avançados que demonstram que aumentando o número de células no cérebro de um paciente é possível deter o Alzheimer, explicou Sugaya, professor de neurociência da Universidade Central da Flórida, nos Estados Unidos.

Para isto são necessárias células-tronco, tiradas da etapa pré-natal de uma pessoa, que teriam que ser transplantadas ao paciente caso ele padeça de Alzheimer.

"Se se aumenta o número de células (no cérebro do paciente) é possível deter a doença", explicou Sugaya, que estuda este mal há quatro décadas.

O objetivo é que as células-tronco se transformem em neurônios saudáveis, que substituam os neurônios doentes, algo que Sugaya disse ter testado com sucesso em ratos.

"O grande desafio na próxima etapa é ter remédios que detenham a doença e impeçam o acúmulo da toxina beta-amiloide no cérebro", disse à AFP Daniel Chain, presidente da empresa americana Intellect Neurosciences Inc., dedicada ao estudo do Alzheimer.

A beta-amiloide é uma proteína que se acumula no cérebro dos doentes de Alzheimer, criando uma espécie de emaranhado que dificulta a comunicação entre as células, explicou.

"Penso que dentro de cinco anos haverá remédios no mercado" para reverter o Alzheimer, disse Chain, explicando que eles não só deteriam o avanço da doença, como também poderiam restaurar os danos no cérebro do paciente.

"Nenhum dos fármacos que estão disponíveis hoje no mercado são eficazes contra a doença", acrescentou o especialista americano.

Os medicamentos "são administrados (ao paciente) para melhorar sua vida diária, mas não estão fazendo nada no cérebro para retardar o avanço do mal", reforçou a cientista panamenha Gabrielle Britton.

"O maior desafio agora é poder identificar um biomarcador (uma proteína ou um gene) que nos permita poder dizer, 'esta pessoa vai ter Alzheimer', para lidar com a doença desde cedo", acrescentou Britton, pesquisadora do Centro de Neurociências do Panamá.

Os especialistas asseguram que o Alzheimer têm um componente genético em 10% dos casos.

Segundo afirmou Britton, metade dos maiores de 85 anos no mundo sofrem de algum tipo de demência e a mais comum entre elas é o mal de Alzheimer.

A doença deve seu nome ao psiquiatra e neurologista alemão Alois Alzheimer (1984-1915), que no começo do século XX identificou seus sintomas e a degeneração que causa no cérebro.