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domingo, 1 de novembro de 2015

Chef do Futuro: Sadia incentiva a criatividade de estudantes de gastronomia

chefofuturo-sadia

A BRFoods acaba de lançar a 3ª edição do Chef do Futuro Sadia, concurso que busca incentivar a criatividade de estudantes de gastronomia de todo o País. Com produção da Rock Comunicação, a ação premiará a receita mais inovadora de Peru Sadia, com um curso num dos mais prestigiados centros de gastronomia mundiais: o Culinary Institute of America, localizado em Nova Iorque (EUA). Além disso, o vencedor também fará um estágio com plano de carreira na companhia. “Estamos muito felizes em assumir esse desafio junto com a Sadia em um momento tão promissor para a criatividade da gastronomia brasileira. Vemos iniciativas por toda a parte e isso nos deixa muito otimistas com os resultados dessa nova edição”, declara Leonardo Prazeres, sócio da Rock Comunicação.
Para participar, é necessário ser estudante de alguma faculdade de gastronomia certificada pelo MEC e acessar o site www.chefdofuturosadia.com.br. No portal é só preencher os dados necessários, escolher uma das quatro categorias disponíveis – alta gastronomia, casual dining, fast-food e varejo – e enviar quantas receitas quiserem utilizando o Peru Sadia.
Na primeira etapa, 10 receitas de cada categoria são selecionadas, sendo que os escolhidos levam uma bolsa térmica. Na semifinal, duas receitas por categoria são indicadas e os alunos recebem um kit Chef do Futuro exclusivo, para depois ser escolhido o ganhador.
As inscrições para o Chef do Futuro Sadia vão até 12 de novembro, e a divulgação final do grande vencedor será feita no dia 11 de dezembro.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Insuficiência cardíaca agora se trata com exercício


Eis um novo remédio com o poder de tratar a doença que é a principal causa de internação e morte por males cardiovasculares no Brasil. Revolucionário ao ponto de derrubar paradigmas da medicina. Assim é o exercício, que se firma como uma forma de tratamento importante para a insuficiência cardíaca.

A atividade física está na essência da Humanidade, mas só agora começa a ter seu valor e mecanismos de ação reconhecidos. Sua força como tratamento da insuficiência cardíaca é apresentada como emblemática, se for levado em conta o fato de que intolerância ao esforço é justamente uma das principais características da síndrome, na qual o coração enfraquecido não bombeia sangue suficiente. Até há pouco tempo se achava que esses pacientes deveriam se manter em repouso. Agora, a indicação é se mexer.

Trabalhos pioneiros sobre a compreensão da ação terapêutica da atividade física na insuficiência cardíaca têm sido realizados pelo programa liderado por Carlos Eduardo Negrão, diretor da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Ele está à frente de cinco grupos multidisciplinares que reúnem médicos, educadores físicos, biólogos moleculares e psicólogos e acompanhou 140 pacientes.

Mês passado, Negrão atraiu uma multidão de pesquisadores, educadores físicos, médicos e estudantes para um auditório na Faculdade de Medicina da USP. Todos queriam assistir a sua conferência intitulada “Novos paradigmas do exercício físico no tratamento da doença cardiovascular: conhecimentos do laboratório aplicados ao paciente”, um dos destaques da reunião anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), um dos maiores eventos de ciência no Brasil.

Há cerca de 20 anos Negrão busca compreender como a atividade física atua sobre o ser humano, da célula ao indivíduo. Suas investigações oferecem muitas dessas respostas, com mais de cem estudos em algumas das principais revistas científicas internacionais.
— O exercício modula a ação de proteínas musculares ligadas à regulação da atividade nervosa simpática no sistema nervoso central e do estreitamento dos vasos sanguíneos. Com isso, diminui o trabalho do coração — explica Negrão, um corredor e fã de atividade física.
O efeito é tão intenso, que mesmo pacientes graves respondem à simples estimulação elétrica dos músculos.
— Melhorar o estado de um paciente com insuficiência cardíaca é fantástico. O exercício melhora a qualidade e possivelmente a expectativa de vida de uma pessoa — destaca o professor.

A pesquisadora Lígia Antunes Correa, do grupo de Negrão, já viu muitos pacientes mudarem de vida para melhor depois de um programa de treinamento.
— O exercício é mais que bem-estar. É um remédio — afirma ela.

O fisiologista Igor Lucas Gomes-Santos, do mesmo grupo, estuda o que acontece dentro das células. Ele explica que os exercícios reduzem muito a ação de uma proteína chamada angiotensina II e do sistema nervoso simpático, ambos ligados à insuficiência cardíaca. Também consegue reduzir a caquexia, a perda de massa muscular frequente nesses pacientes e que pode levar à morte.

— Observamos alterações positivas nas vias moleculares desses pacientes. O mesmo acontece com a normalização da atividade nervosa simpática, ligada ao controle da pressão. Após a primeira sessão de treinamento, já vemos melhora na circulação — frisa Gomes-Santos.

O professor de cardiologia da UFF e médico do Pró-Cardíaco Evandro Tinoco, um dos maiores especialistas do país em insuficiência cardíaca, diz que um programa de exercícios pode ajudar a tirar pacientes da fila do transplante:
— Não há dúvida de que o exercício é um dos remédios mais importantes e um dos menos usados contra a insuficiência cardíaca. É uma revolução.

Segundo Tinoco, o exercício só não é mais prescrito pelos médicos porque o conhecimento sólido sobre sua ação terapêutica é relativamente recente e pouco divulgado. Outro fator é o custo alto e não coberto pelos planos de saúde. Mas ele acredita que esse cenário rapidamente mudará.

O caso da insuficiência cardíaca é apenas um no numeroso rol de doenças que podem ter o exercício prescrito como tratamento. A lista inclui de diabetes à hipertensão e passa por disfunção erétil, aneurisma, acidente vascular cerebral, complicações renais e preparação para grandes cirurgias, destaca o diretor científico da Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Rio de Janeiro e fundador da clínica especializada Clinimex, Claudio Gil Araújo, ele próprio um corredor dedicado e que assina editorial ainda inédito que enumera dezenas de doenças que podem ser tratadas com exercícios.

Na família ninguém é cardíaco, tampouco ele sentia qualquer sinal que lhe parecesse indicar problemas no coração. Nunca fumou. Por isso, o protético Gerd Werner, de 57 anos, jamais esperou sofrer um infarto severo, como o que lhe acometeu há dois anos e mudou sua vida de forma radical. Werner teve como sequela uma insuficiência cardíaca. Hoje, ele é um dos pacientes que se tratam com Claudio Gil Araujo, numa clínica que mais parece uma academia, em Copacabana.

— Não fazia atividade física regular. Mas desde 2014 ela se tornou parte da minha vida. Venho três vezes por semana. No início, era como um remédio. Agora virou hábito. E por toda a vida — conta.

Numa esteira próxima a Werner, a médica Angela Verri conversa animada com amigos, brinca com todo mundo. De segunda a sexta-feira, ela vai todo fim de tarde da Tijuca para Copacabana. Não está ali como médica, mas paciente. Angela se orgulha de não aparentar os 63 anos de idade e mais ainda da ausência de sinais dos problemas que a levaram a se transformar de sedentária praticante — “era do tipo que pega o carro para ir à padaria” — em atleta amadora militante:
— Corro e me divirto muito. E ainda tomo o meu vinho — afirma ela.

Uma sucessão de problemas graves a fizeram mudar de vida. Em março de 2012 sofreu um infarto, que a obrigou a colocar um stent. Logo em seguida, descobriu que tinha câncer de intestino. Teve que operar. E a isso se somaram um cateterismo e mais seis stents.

— Eu precisaria fazer uma cirurgia de revascularização, mas não queria me operar de novo. Aí soube que poderia tentar uma reabilitação com exercício. No início não levei a menor fé, achei que ia virar rato de laboratório. Estava errada. Cheguei péssima e agora estou ótima. Levo uma vida saudável. É como um remédio sem efeitos colaterais que tenho que tomar todos os dias — diz.

A mesma animação de Angela demonstra a desembargadora e professora Salete Maria Polita Maccaloz, de 67 anos. Ela começou há pouco a segunda fase de uma quimioterapia para um câncer de pulmão com metástase óssea e já iniciou um programa de exercícios. Sua meta é reverter a perda de massa muscular e poder voltar a jogar golfe.

— Já me sinto melhor. A quimio é muito desgastante, mas estou confiante que com os exercícios vou melhorar mais depressa — conta.
O Globo

domingo, 25 de outubro de 2015

Aeroporto de Brasília está entre os 10 melhores da América do Sul

Uma pesquisa realizada pelo site Sleeping Airports elegeu o Aeroporto de Brasília como um dos melhores da América do Sul. O site realiza uma votação anual com seus usuários para escolher os melhores e piores aeroportos do mundo.

A análise leva em conta aspectos importantes para o bem estar dos viajantes, como conforto das instalações, conveniências (wi-fi grátis, restaurantes 24 horas, chuveiros), limpeza, atendimento ao consumidor e como o próprio nome sugere, a possibilidade de passar uma noite no terminal.

O Aeroporto de Brasília aparece em 9º lugar, o 1º brasileiro da lista. Segundo os usuários, o Wi-Fi grátis, disponibilidade de bebedouros, quantidade de tomadas espalhadas pelo Terminal e as boas opções de restaurantes, colocaram o Aeroporto de Brasília como um dos melhores da América do Sul. Além disso, a modernidade e o conforto das salas de embarque foram elogiados.

A conquista positiva só foi possível após o desenvolvimento e a implementação de um ambicioso projeto de modernização do Terminal. As obras de reforma e ampliação do Aeroporto, promovidas pela concessionária Inframerica foram consequência de um investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão e trouxeram mais conforto e comodidade aos usuários e funcionários, permitindo um aumento de 14% no fluxo usuários e a conquista do segundo lugar entre os aeroportos brasileiros de maior movimentação de passageiros.

Esse resultado também decorre da experiência trazida pela Corporación America, controladora direta do Aeroporto de Brasília e outros 53 aeroportos pelo mundo. Entre os 10 melhores aeródromos da América do Sul eleitos pelo site Sleeping in Airports, seis são administrados pela Corporación America e apareceram na lista como os mais conceituados da região.

Para o presidente da concessionária o engenheiro José Luis Menghini, a posição conquistada na pesquisa do site é reflexo das reformas e ampliações e do bom relacionamento com todos os players da aviação civil. “Serviço de qualidade, modernidade, tecnologia e conforto são as vertentes que regem nosso trabalho. Queremos que nossos passageiros tenham uma experiência prazerosa ao passar pelo Aeroporto de Brasília”, conta.
Passageirodeprimeira

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Salto do Tororó será o primeiro parque com proteção integral em Brasília

O Salto do Tororó é um dos locais mais conhecidos pelos brasilienses que buscam contato com a natureza — além de um bom banho de cachoeira. Também frequentada por praticantes de ecoturismo e de rapel, a atração agora faz parte do Parque Distrital Salto do Tororó, o primeiro de proteção integral em todo o Distrito Federal. De acordo com o Decreto nº 36.472, de 30 de abril de 2015, que o criou, os 61,358 hectares (ou 61 campos de futebol) do parque ficarão em uma área com perímetro de 9,4 quilômetros (distância da Rodoviária do Plano Piloto ao balão da Granja do Torto), entre as Rodovias DF-001 e DF-140, em uma região de condomínios.
Com a criação oficial, a unidade de conservação em torno do Salto do Tororó — também a primeira da região administrativa de Santa Maria — passará por um amplo e preciso diagnóstico de flora, fauna, solo, recursos hídricos e outras características relevantes, inclusive os aspectos socioeconômicos e de uso pela população. O mapeamento é a primeira etapa do plano de manejo do parque, cuja elaboração deverá ser concluída em até dois anos.
Parque distrital salto do tororo AgenciaBrasiliaA partir desse levantamento, a área será dividida em zonas com diretrizes específicas de funcionamento e diferentes graus de acesso. Enquanto algumas partes serão protegidas integralmente, para a preservação dos recursos naturais, outras terão o acesso liberado à população. Nessas, o plano de manejo definirá as atividades que poderão ser desenvolvidas, as regras, a capacidade de visitantes simultâneos e os equipamentos básicos que poderão ser estruturados no local (estacionamento, quiosques, sanitários etc).
"Aquela é uma das áreas mais conhecidas e visitadas de Brasília, e o texto do decreto de criação do parque contempla as atividades praticadas pela comunidade", explica Ana Lira, engenheira florestal e gerente de Planejamento de Unidades de Conservação de Proteção Integral, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). A presidente do Ibram, Jane Vilas Bôas, garante que a cachoeira permanecerá aberta à comunidade.
Representação popular
Jane explica que o instituto tem mobilizado parceiros para debater formas de gerar arrecadação com os parques: "Poderemos ter concessões, locação cenográfica, quiosques, tudo o que seja compatível com a atividade econômica dentro de um parque". Segundo a presidente do Ibram, a ideia é não cobrar pelo acesso dos visitantes, mas por serviços como estacionamento e aluguel de bicicletas.
Além de cuidar das demarcações e da elaboração dos planos de manejo dos parques, a política do governo para a área tem um terceiro ponto fundamental, ressalta Jane: a participação social. "Vamos criar conselhos comunitários para todos os parques, que serão geridos em parceria com a comunidade que utilizá-los". Segundo o modelo em estudo, a representação popular também estará presente no processo decisório da destinação dos recursos de compensação ambiental e florestal, que somaram R$ 32 milhões, em 2014.
Compensação ambiental
A criação do Parque Distrital Salto do Tororó é resultado de parte da compensação ambiental de um condomínio da região, ou seja, é uma forma de pagamento pelos danos causados pela implantação do empreendimento. Toda a área da futura unidade de conservação foi doada pelo condomínio ao Ibram, gestor do parque. Além disso, a construtora do conjunto habitacional vai custear o plano de manejo.
Para garantir a proteção da natureza dentro da unidade de conservação, sobretudo a quantidade e a qualidade dos recursos hídricos, o texto de criação do espaço prevê cinco zonas de amortecimento ao redor do parque. Juntas, elas têm 2.883,62 hectares e, caso a caso, devem seguir cuidados adicionais para alterações no fracionamento do solo ou na obtenção de licenças ambientais, por exemplo.

Agência Brasília

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Como lidar com a nossa hiperconectividade?



Josh Pulman retratou relação de pessoas com seus celulares na série "Somewhere Else"
Quase todas as ruas em quase todas as grandes cidades do mundo estão lotadas de pessoas usando seus celulares, alheias à presença dos outros. É um comportamento que não existia poucas décadas atrás.
Acabamos nos acostumando ao fato de que compartilhar o mesmo espaço físico não significa mais compartilhar da mesma experiência. Onde quer que estejamos, levamos conosco opções muito mais interessantes do que o lugar e o momento que vivemos: amigos, familiares, notícias, imagens, modismos, trabalho e lazer cabem na palma da mão.
Mas como questiona o fotógrafo Josh Pulman, autor do ensaio Somewhere Else(em algum outro lugar, em tradução livre), cujas fotos são exibidas com esta reportagem: "Se duas pessoas estão andando juntas, cada uma prestando atenção a seu telefone, elas estão realmente juntas?"
Faz parte do ser humano ter uma profunda vontade de se conectar. Mas será que esse dom pode nos prejudicar em algum momento? É possível ficar "conectado em excesso"? E o que isso significa para nosso futuro?

A vida por um fio
Desde sua invenção, o telefone tem sido um motor de agitação social e um foco de ansiedade tecnológica. Imagine a cena através dos olhos do século 19, quando as primeiras estruturas de telefonia começaram a ser instaladas: quilômetros e quilômetros de fios pendurados nas laterais das ruas, perfurando todas as casas. As paredes estavam sendo violadas: o santo lar, ligado a uma nova espécie de interação humana.
"Em breve não seremos mais do que gelatinas transparentes", lamentou um jornalista britânico em 1897, temendo a perda da privacidade.
Mas, enquanto os primeiros medos em relação ao telefone podem ter sido exagerados, eles também foram um tanto proféticos. Se no fim do século 19 e durante o século 20 nossa vontade foi de plugar todos os locais de trabalho e lazer em redes, o século 21 emerge com o desejo de uma interconexão de nossas mentes nessa trama.
E estamos começando a sentir os efeitos disso.
Assim como seu antepassado no século 19, o telefone celular nasceu como um símbolo de status para as pessoas afluentes e ocupadas. Com o tempo, o luxo se tornou universal. Passamos a entremear a disponibilidade constante no nosso conceito de espaço público e privado, na nossa linguagem corporal e na etiqueta cotidiana.
Ficar incontactável se tornou a exceção, algo fora deste mundo – mas também uma fonte inesgotável de ansiedades.
E, como a história se repete, a todo momento recebemos alertas sobre possíveis efeitos prejudiciais da comunicação móvel.
Um desses avisos veio com a notícia de que um homem de 31 anos foi recentemente internado para se tratar de um "distúrbio de vício em internet", por causa de seu uso excessivo do smartphone.

Relação normal ou patológica
Casos como esse levantam outras questões: com que frequência suas mãos se mexem involuntariamente com a intenção de pegar seu celular ou de alcançar o lugar onde você normalmente o deixa? Como você reage ao som de cada nova mensagem – ou à ausência dele?
Não são perguntas com respostas definitivas.
Traçar o limite entre hábito e patologia significa decidir o que queremos dizer com os termos "normal", "saudável" e "aceitável".
E se a tecnologia excede em algo, é justamente em mudar velhas normas rapidamente.
Passei anos tentando avaliar nosso relacionamento com a tecnologia e ainda me vejo sendo puxado em duas direções diferentes.
Por um lado, como disse o filósofo Julian Baggini, "o homem pode estar mudando, mas em muitos aspectos ele continua o mesmo". Podemos ler romances da Grécia Antiga e compreender quando o autor fala de raiva, paixão, patriotismo e confiança, por exemplo.
Por outro lado, as tecnologias digitais significam que as relações com os outros e com o mundo foram estendidas e ampliadas para um nível nunca antes experimentados.
Como argumentam filósofos como Andy Clark e David J. Chalmers, a mente é uma colaboração entre o cérebro na cabeça e equipamentos como o telefone nas mãos. O "eu" é um sistema complexo que envolve as duas coisas.
É esse impacto exponencial de tecnologia da informação que representa o maior problema para tudo o que julgávamos ser normal, equilibrado, autoconhecido e auto-regulado.
Vivemos em uma era em que nossas patologias são aquelas do excesso.

Dando um tempo
Será que precisamos de uma desintoxicação? Bem, isso não necessariamente funciona, nem para a saúde física nem para a saúde mental.
O melhor é encarar os fatos e começar a aproveitar a intimidade de um relacionamento que só tende a ficar cada vez mais próximo: aquele entre os cérebros de cada indivíduo e as redes de automação que estão sendo tecidas entre eles.
Afinal, estamos despejando nossas horas e minutos não apenas em uma tela, mas sim na mais complexa e abrangente rede de mentes humanas que já existiu, cada uma mais capaz do que o computador mais rápido.
Se fico fascinado, impressionado, superenvolvido, distraído e deliciado com tanta frequência, é por que há outras pessoas lá fora peneirando e refratando esse mundo de informações de volta para mim.
Só conseguirei mudar isso se puder encontrar outras pessoas com quem posso formar novos hábitos e novos modelos de funcionar.
Tom Chatfield - escritor britânico                                                                                                                         Especial para BBC Future. 

quinta-feira, 26 de março de 2015

Conselho da ONU cria relatoria especial sobre direito à privacidade

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O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adotou hoje (26) uma resolução proposta pelo Brasil e Alemanha, em parceria com Áustria, Liechtenstein, México, Noruega e Suíça, criando a relatoria especial sobre o direito à privacidade na era digital. A adoção foi aprovada por consenso pelo conselho.

De acordo com Ministério das Relações Exteriores, a relatoria terá mandato inicial de três anos e deverá reunir informações relevantes sobre o direito à privacidade, com a identificação de obstáculos à proteção do direito.

Também poderá tomar medidas para promover a defesa do direito à privacidade, além de relatar violações e submeter ao conselho casos mais graves. O relator especial deverá apresentar relatórios anuais ao conselho e à Assembleia Geral da ONU.

Em nota, o governo brasileiro comemorou a adoção da resolução pelo conselho da ONU e lembrou que a iniciativa dá seguimento à resolução sobre direito à privacidade na era digital, aprovada em dezembro de 2014 pela Assembleia Geral da ONU.

“Por meio desta resolução, a Assembleia Geral instou o Conselho de Direitos Humanos a considerar a possibilidade de estabelecer um mandato para promoção e proteção do direito à privacidade. O Brasil, juntamente com os demais membros que apresentaram a resolução, conduziu as negociações que culminaram com a instituição do novo relator especial do Conselho de Direitos Humanos”, acrescentou a nota do Itamaraty.
Agência Brasil

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Seis aplicativos para identificar ligações de números ocultos

Telefone celular (Foto: Thinkstock)
Muitas chamadas de números restritos ou não identificados vêm de empresas de telemarketing tentando vender produtos que não solicitamos.
Mas também podem ser chamadas de empresas que parecem ter origem no exterior. Ou até de alguém cujo número de telefone não está guardado na sua agenda.

Ocasionalmente, você acaba atendendo e a ligação é um spam.
Para que isso não aconteça, você pode usar aplicativos que identificam números desconhecidos. A BBC Mundo selecionou seis deles, quatro do sistema Android e dois que também estão disponíveis para iOS.

1. TrapCall

Esse aplicativo está disponível para Android e iOS. Foi desenvolvido pela companhia americana Tel Tech, de Nova Jersey, Estados Unidos. O serviço custa US$ 5 por mês.
Ele funciona da seguinte maneira: quando se recebe uma chamada de número desconhecido, é possível recusá-la apertando duas vezes um botão de bloqueio. Em seguida o app envia uma mensagem de texto com o telefone de quem fez a chamada e se ele está vinculado a um endereço específico.
O aplicativo também oferece a opção de incluir os números não desejados em uma lista negra.
"Ele não foi desenvolvido para espiões nem para fanáticos em tecnologia", disse o presidente da TelTech, Meir Cohen, no lançamento do aplicativo. "Todo mundo odeia receber chamadas de números ocultos. Todos querem ter a opção de saber quem está chamando e ter a opção de atender ou não".

2. True Caller

Sua desenvolvedora, a empresa sueca True Software Scandinavia AB, afirma que o app tem mais de 85 milhões de usuários em todo o mundo.
Ele está disponível para iOS, Android, BlackBerry OS e Windows Phone, entre outros. Também se pode usar o serviço por meio de sua página na internet.
Ele funciona com uma base de dados de milhões de números previamente identificados. Depois de reconhecê-los, o aplicativo permite que eles sejam bloqueados. O programa também pesquisa na internet informações relacionadas a quem fez a chamada.

3. Contative

Esse app gratuito foi idealizado pelo espanhol Iñaki Berenguer, que em 2013 fundou a start up Klink – que recentemente comprou a companhia britânica ThinkingPhones.
Ele serve para identificar números desconhecidos e seus desenvolvedores dizem que ele pode revelar mais de 600 milhões de números.
O que ele faz é automatizar e agilizar uma busca que qualquer usuário poderia fazer, mas que levaria tempo.
Qualquer pessoa poderia buscar um número de telefone na internet e possivelmente encontraria um nome vinculado a ele. Com o nome seria possível buscar mais informações no Facebook, no LinkeIn, ou na Wikipedia. O Contactive faz isso em segundos.

4. Track Caller Location

Criado pela desenvolvedora de softwares Smartlogic, com sede nos Estados Unidos e no Reino Unido, esse app pode ser baixado gratuitamente desde outubro do ano passado.
Para utilizá-lo não é preciso estar conectado à internet. Além de ter as mesmas funções dos aplicativos descritos acima, o Track Caller Location permite descobrir a localização do autor da chamada, desde que o celular dele use sistema GSM.

5. Whoscall

A empresa que o desenvolveu, a Gogolook, de Taiwan, diz que o aplicativo gratuito filtra 20 milhões de chamadas por dia e identifica meio milhão delas como problemáticas ou desonestas.
Da mesma forma que o Contactive, o Whoscall identifica as ligações a partir de uma base de dados de 600 milhões de números, segundo a empresa.
Uma vez identificados os números não desejados, o app permite bloquear suas ligações e mensagens de texto.

6. Whos Calling?

O aplicativo do desenvolvedor BadAix é similar ao anterior da lista, Whoscall.
Porém, ele é capaz de detectar quem está por trás de um texto de WhatsApp, inclusive quando o usuário não se identifica por um nome no serviço de mensagens eletrônicas.
Ele também permite reconhecer a origem dos textos enviados pelo Messenger da rede social Facebook e oferece a possibilidade de configurar smartphones para que filtrem as chamadas em função dos contatos .
Com esses aplicativos você pode configurar sua própria lista negra de números de telefone não desejados e evitar assim um aborrecimento.
BBC Brasil